domingo, 31 de outubro de 2010

UM POUCO SOBRE A FELTRAGEM...

A feltragem é uma arte apaixonante e terapêutica.
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Arte porque é manual, única, e imprime a personalidade do artista na obra. O olhar, a emoção e a visão do artista é a inspiração que necessita ser expressada e materializada, com o domínio de alguma técnica anteriormente estudada.
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Apaixonante porque após a experimentação, é o amor empregado em cada obra que leva o artista a criar continuamente.
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Terapêutica porque ao estar envolvido em uma obra, o artista concentra-se em seus pensamentos mais profundos, deixa a vida cotidiana de lado temporariamente, a imaginação e criatividade fluírem e, finalmente, mas muito importante, abandona o stress. O contato com a lã pura propcia leveza, macies e uma sensação
mágica.
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É com estes 3 pontos que eu defino a feltragem. Não desprezo  as definições dos dicionários, mas agrego a estes a emoção impregnada nesta arte.
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Como técnica, ao pensarmos em feltragem molhada (wet felting) e em nuno felting, temos que ter em mente seus 3 princípios: calor, ensaboamento e movimento.
O calor nós obtemos através de água quente; o ensaboamento pode ser feito utilizando-se qualquer tipo de sabão neutro, detergente ou shampoo e o movimento é executado em etapas de fricção, rolagem e agitação.
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O domínio da técnica é fundamental, em qualquer área, para atingirmos confortavelmente, as formas que queremos dar aos nossos objetivos. Porém, só o domínio da técnica não permite a criação de uma obra. Aí entra a criatividade do artista, que utiliza-se da técnica para transformar os materiais em arte.
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A feltragem é a união de técnica e lã, para criar qualquer tipo de objeto ou peça que a imaginação alcançar. Não há limites para a criação com lã. Pela sua plasticidade e variação de cores é possível expressar da forma mais abstrata até a mais concreta e complexa. Isto, em outras palavras, quer dizer, traduzir uma emoção em algo tocável.
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A feltragem foi descoberta há 6500 AC, na região da Mongólia e repaginada como arte, nos anos 80, com a utilização de técnicas mais adaptadas aos dias atuais. Desta maneira, podemos criar vestuário, acessórios, objetos de decoração e até esculturas mais concretas. A mixigenação da lã com outros materias, passa a agregar valor à própria lã.
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A feltragem seca ou feltragem com agulhas (needle felting), como técnica, é a utilização de agulhas especais, com ranhuras nas pontas, que entrelaça a lã, criando formas planas, bi e tridimencionais.
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A soma da lã pura com diversos materiais pode ser realizada com seda em suas diversas formas (tecido, casulos, fios, mechas), tecidos de algodão, fibras de várias origens, que permitem a incorporação e entrelaçamento de todos os elementos.

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Por tudo isso eu digo e repito sempre: a arte da feltragem é apaixonante e terapêutica.

sábado, 30 de outubro de 2010

SAPATOS e SLIPPERS

Como técnica, a feltragem pode ser utilizada para produzir todos tipos de peças e objetos e, neste momento, criei novos sapatos anatômicos, com solas especiais, que dão maciez e conforto aos pés.

Em todas as numerações, do 33 ao 41, podem ser confeccionados em cores diversas e com combinações inusitadas.


MANTAS PARA BEBÊS

Para aconchego dos pequeninos que vem ao mundo para iluminar e trazer alegria, criei estas mantas macias e suaves, inteiramente em lã, com e sem tingimento.




Detalhe


terça-feira, 26 de outubro de 2010

10º Mercado - a mão cheia

Nossa participação neste evento foi bem agitada.
Agradeço a todos que vieram nos prestigiar e tornaram este evento tão gratificante.




 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FELTRAGEM NA DECORAÇÃO

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A arte da feltragem pode ser utilizada em qualquer área e na decoração do lar ou do escritório, cria ambientes diferenciados e acolhedores.
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Esta peça foi criadas por Tania Stahl e Lucia Higuchi e encontra-se a venda.
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE LÃ MERINO...

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Quem faz feltragem, sempre me pergunta sobre Lã Merino.
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Lã merino vem de ovelhas da raça merino, que tem sua maior produção na Austrália. Esta lã é extremamente macia e brilhante, e sua micragem, em geral, varia de 14 a 26 micras.
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E aí vem a pergunta: O que é micragem?
Micragem é o diâmetro da fibra. Em palavras simples é a espessura da lã. Quanto mais baixa a micragem, mais fina e macia é a lã e maior o seu brilho.
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No Brasil, a criação da raça merino é relativamente recente. Começou no final da década de 70 com a importação de matrizes de ovelhas merino australinas, que tem sido melhoradas e adaptadas ao nosso clima. É no Sul do país que temos os maiores rebanhos de merino, porém sua lã ainda não atinge a qualidade e micragem da utilizada na Austrália, Europa e Estados Unidos.
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Encontramos no Brasil uma lã chamada de "amerinada", ou seja, é uma mistura de fibras de lã, incluindo a lã proveniente da raça merino.
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A lã utilizada para feltragem deve ser 100% pura, podendo ser utilizada qualquer tipo de lã, desde as mais finas até as mais grossas. Todas elas feltram, tanto pela técnica de feltragem com agulhas (needle felting) como pela técnica de feltragem molhada (wet felting e nuno felting). A beleza do resultado depende, na maioria dos casos, não apenas da qualidade da lã, mas sim, da destreza e criatividade da artista (feltmaker).
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Sobre a raça merino australiana veja http://www.aspaco.org.br/racas.php?id=604
"Origem: O Merino Espanhol é considerado um dos ovinos domésticos mais antigos de todos os conhecidos e é descendente de um ovino selvagem primitivo natural da Ásia Menor, o Ovis arkal. A partir do século XVIII, o Merino Espanhol foi o tronco de origem das numerosas raças Merinas desenvolvidas em diversos países: Merino Electoral (na Alemanha), Merino Negrette (na Austria-Hungria), Merino Rambouillet (na França), Merino Vermont, Delaine e Rambouillet Americano (na América do Norte), Merino Argentino (na Argentina), Merino Uruguaio (no Uruguai) e finalmente o Merino Australiano (na Austrália). Em 1794, foram introduzidos, na Austrália, 26 Merinos Espanhóis provenientes da Colônia do Cabo (África do Sul). Os magníficos resultados obtidos com estes primeiros Merinos fomentou a importação, em maior escala, de Merinos Negrette e Electoral e, em menor escala, o Rambouillet e posteriormente o Merino Vermont (excessivamente enrugado). Admite-se que na formação do atual Merino Australiano, participaram: Merino Espanhol 25%, Merino Vermont 40%, Merino Electoral e Negrette 30% e Merino Rambouillet 5%.
Aspecto geral: É um animal imponente, de aspecto nobre. Bom desenvolvimento corporal. Constituição robusta. Conformação angulosa. Denota grande volume de lã. Raça especializada na produção de lã fina, apresenta um equilíbrio zootécnico orientado 80% para a produção de lã fina e 20% para a carne.
Aptidões: Produtora de lã fina por excelência. Lã de grande qualidade e valor industrial. Elevado grau de rusticidade e adaptabilidade em regiões pobres e de clima desfavorável. Longeva, produzindo economicamente até idades avançadas. Não se adapta bem em campos úmidos e baixos. Os cordeiros são bastante vulneráveis ao nascerem, têm pouca cobertura de lã e muito pouco tecido adiposo. Os machos são do tipo médio e forte e, quando bem alimentados, podem produzir capões pesados.
Lã: O diâmetro médio das fibras de lã varia de 16 a 26 micrômetros, o que corresponde na Norma Brasileira de Classificação da Lã Suja a finura que vão desde a Merina até a Prima B, e na escala inglesa de Bradford oscila de 80´s a 58´s. Os ovinos desta raça podem agrupar-se em três tipos, em função da finura de lã produzem."
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Veja a definição de lã merino no Wikipédia:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Merino
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Esta explicação é muito técnica. Nosso interesse em lã merino para feltragem (felting, filzen, fieltro, filc, feutre) é que, seja qual for sua origem, todas elas podem ser utilizadas nesta arte apaixonante e terapêutica.
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Você sabia?

"Lã Merino: é a fibra natural perfeita; tem resistência à água e ao fogo, é quente no inverno, e fresca no verão.
O termo Merino é utilizado para descrever a ovelha que produz fibras macias de maneira uniforme e fina, medida em micra. As outras ovelhas produzem uma mistura de pêlo e fibras de lã que variam a densidade. Não há outra raça que possa combinar brilho, maciez, resistência do que a Australian Merino.
A Austrália tem 9% da produção mundial de ovelhas, mas produz 50% da produção mundial de Australian Merino.
75% das ovelhas australianas são de Merinos que geram lã.
Mais de 90% da lã extraída são utilizadas para o vestuário."
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É muito importante frizar que a lã nacional tem excelente qualidade, sendo que a menor micragem, cardada industrialmente, é de 21,5 micras, produzida em laboratórios.
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A grande diferença entre a lã nacional e a importada concentra-se, em primeiro lugar, no preço, e em segundo lugar, na micragem que pode ser obtida.
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Se você tiver alguma dúvida, entre em contato comigo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

GRANDE PROMOÇÃO: AGULHAS PARA FELTRAGEM

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Esta promoção é por tempo limitado.
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Aproveite!
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Três (3) agulhas para feltragem pelo menor preço no Brasil.
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Conjunto de 3 agulhas a R$ 17,00.
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